26 julho 2011

Queria saber onde estão aquelas pessoas de verdade, que a gente não compra mas também não vive sem.

Aquele amigo que mudou para o outro lado do mundo mas você não pensa duas vezes antes de pegar o carro, o ônibus ou o avião e fazer uma visita. Só olhar para ele, sentar ao lado, ouvir a voz, faz tudo ficar mais feliz. Algumas pessoas simplesmente valem a pena. Queria saber onde é que está aquele tipo de namorado que você não veste para se exibir mas despe para provar só pra si mesmo o quanto é feliz. Que você não desfila ao lado, mas leva dentro do peito. Que você não compra, consome, negocia ou contrabandeia. Mas se surpreende quando ganha de presente da vida. Aquele tipo que você não usa para ser alguém e justamente por isso acaba sendo uma pessoa muito melhor.
(Tati Bernardi)
 
 Papai do céu sua filhinha aqui tá precisando bastante desse tipo de pessoa!

 

12 julho 2011

11 julho 2011

A solitária Ana




Havia se passado alguns meses desde seu último relacionamento sério. Já era tempo de férias e o mais comum para uma mulher solteira como Ana era está em alguma festa com muita dança, álcool e amigos. Mas ao invés disso Ana estava sozinha no seu apartamento assistindo aqueles programas de humor da TV que não tem nada de engraçado.

Os seus dias passavam lentamente e no tom cinza. O programa favorito dela agora era dormir. Dormir para passar o tempo mais rápido, mas cada vez que acordava sentia que acordava mais vazia e que tinha perdido mais um dia da sua vida. Afinal dias cinzas não são lembrados. Há não ser aqueles que de cinza só tem o céu chuvoso e um namoro gostoso.
Mas Ana a cada dia se sentia mais sozinha e ela sabia que isso iria aumentar se ela não tomasse uma atitude. As ultimas vezes que sua campainha tocou foi seu porteiro deixando a conta de energia e pedindo o lixo.
Ela olhava sua lista de contatos no celular e não tinha ninguém para quem ligar, pra combinar uma saída. Suas amigas estavam todas aproveitando o frio das noites com seus namorados e Ana sozinha. A sensação mais parecida com prazer que ela sentia era quando se empanturrava de brigadeiro de panela.
Ana estava se tornando uma mulher solitária e o pior que estava quase se conformando com isso. Ela adorava sua própria companhia. Até o dia que num desses programas de pessoas solitárias. Assistir filme com uma panela de brigadeiro e refrigerante ao lado ela se deparou com aquelas cenas de romance, aqueles amassos no sofá, aquele banho junto, acordar com um bom dia sussurrado no ouvindo depois de uma noite de amor...
Então Ana chorou, chorou feito uma criança que se perdeu da mãe no meio de uma multidão.

01 julho 2011

Um dia...


 sou multidão; no outro sou solidão. Não quero ser multidão todo dia. Num dia experimento o frescor da amizade; no outro a febre que me faz querer ser só. Eu sou assim. Sem culpas."

(Pe. Fábio de Melo) 



 Me sinto completamente nesse trecho.
"Só o desejo inquieto que não passa

Faz o encanto da coisa desejada.

E, terminamos desdenhando a caça

Pela doida aventura da caçada."

(Mário Quitana in Canção do dia de sempre)