14 janeiro 2013

Eu te procurei...


Hoje eu te procurei... Procurei como se procura uma agulha no palheiro.. Mais eu não te achei...
Procurei... Procurei... Pra que? Não sei, talvez só pra te vê ou pra você me vê.
Procurei você entre a multidão. Procurei você entre um gole de Martini e outro.
Bebi tanto e não te achei. Procurei tanto e não te vi. Te quis tanto e você não apareceu.
Agora estou aqui, tonta de tanto rodar e beber e não te encontrar. Será mais uma peça do destino ou será um aviso: Pare de procurar-lo, pois você nunca vai achar-lo! Será?



Diandra Muniz,
em uma madrugada confusa, após varias doses de Martini e procuras inúteis!

08 janeiro 2013

Eu te proíbo de me querer, de dizer que me ama ainda



Nunca fui atrás de você, tampouco procurei saber. Por uma única e elementar razão: esquecer você, ou melhor, aprender a conviver com o céu, o sol, o mar,  foi a coisa mais difícil que já fiz na vida. Então fica fácil simplesmente não me permitir procurar ou saber de você. A força dessa resistência é meu prêmio por superar a abstinência, como jamais vi um humano fazer. Fiquei boa nisso. Se amar alguém ensandecidamente e não ousar pensar nesta pessoa por mais de dois minutos fosse esporte olímpico, eu subiria no lugar mais vertiginoso do pódio. Lá de cima, diante dos microfones de imprensa, eu agradeceria afoita e suada às intermináveis festas estranhas, os homens de uma noite só e cada gole etílico que tomava conta do espaço deixado pelo mar de lágrimas do primeiro ao sétimo dia. Foram imprescindíveis, logo seria justo repartir a alegria mais triste que já conheci.
Hoje sou uma mulher recomeçada, menos verde, mais bem vestida, mais ciente das minhas atribuições de mulher/namorada/amante, mais disposta a sorrir, mais receptiva ao toque, menos crente de que os outros não passam somente de "os outros" e, pra ser sincera, só um pouquinho infeliz. Então no meio de tudo, desta programação de infinitos passos, vem você abrupto feito um frisbe no maxilar na beira da praia, sem dar tempo de notar de onde veio:

- Ainda te amo.

Bem agora. Bem no mês que eu parecia estar conseguindo colocar o mundo todo de cabeça pra cima novamente, com o toque mental de um super-homem. Justo quando eu terminava de unhar as casquinhas nojentas das feridas que você mesmo abriu. Logo quando eu havia conseguido aceitar a ideia de retornar a lugares públicos que me trouxeram alegria, ar puro, paixão - entenda, precisei anular neste um ano e meio, como um alcoolista que não pode se aproximar de uma trufa de rum que volta a beber.
Pois eu te proíbo de me querer, de dizer que me ama ainda, de ser meu chão, de pensar em mim, de me oferecer mais. Tenho mérito a esse direito. Minha resiliência segue em franca inclinação, meu universo segue em franca expansão, meu vagar em busca de um novo amor continua de pé. Se hoje eu não fosse prisioneiro da liberdade, te devolveria:

- Ainda te amo.

Mas não possuo caradura o suficiente para jogar no lixo todo tempo que levei pra superar o baque da sua ausência. Sem garantias, simplesmente já não dá mais pra acreditar no amor.

Gabito Nunes (Adaptado) 

05 janeiro 2013

E pra te falar ainda mais a verdade, eu acho mesmo que você foi o príncipe que eu esperei a vida inteira.



A gente quase completou um ano de namoro, quase. Faltou um mês ou um pouquinho mais, não lembro. Mas hoje, sem mais nem menos, completamos um ano de separação. Ano passado essa hora, exatamente a essa hora, eu lembro bem. Eu estava no show do U2 que você não quis ir comigo e me ocupava em perguntar, de dez em dez segundos, e de dez em dez pessoas, quando é que você iria me ligar e dizer que tinha pensado melhor. Quando? Você nunca ligou, nunquinha. E eu esperei, esperei, esperei tanto tempo, nossa, como eu esperei. Acho que eu nunca esperei tanto nada em toda a minha vida. Outro dia a Myla me perguntou o que você tinha me ensinado. A gente estava conversando sobre os legados que as pessoas deixam em nossas vidas e ela quis saber qual tinha sido o seu [...] posso dizer que foi você quem me ensinou a lição mais importante da minha vida: você me ensinou a sofrer. Eu nunca, nunca, nesses anos de vida, tinha sofrido. Nunca.
 Mas quando você, me mandou seguir meu caminho sozinha, fiquei sem saber como fugir da dor. Você era meu príncipe. Depois de tantos amores estranhos, pequenos, errados e tortos, finalmente eu tinha reconhecido no seu olhar centralizado e no seu sorriso espalhado, o meu príncipe. E o meu príncipe estava me dando o fora. Que porra eu ia esperar da vida agora? Quem iria me levar para longe se você não me queria mais por perto? Não teve como. Foi a primeira vez na vida que não consegui me enrolar e acabei deixando a dor vencer. Pela primeira vez a realidade falou mais alto que a fantasia. Pela primeira vez a realidade da sua ausência falou mais alto que a fantasia de anos a sua espera. Sofri pra caralho, como diz por aí quem sofre pra caralho. Mais do que livros cabeças, músicas bacanas, frases inteligentes, lugares descolados ou posições sexuais, você me ensinou o que realmente importa aprender nessa vida: que a vida pode ser uma grande, imensa e gigantesca merda. É, ela pode ser. E que não existe porra de príncipe porra nenhuma. Que nem ninguém e nem nada pode te levar para longe de nada. É isso e pronto. E é assim pra todo mundo. E pronto. Qual o drama? A dor infinita dos dias infinitos que vieram depois do dia em que você se foi pra sempre veio misturada com toda a dor que eu não senti em todos esses anos.
A dor do seu pé na bunda trouxe tardes perdidas em odiar o mundo, cabeças viradas, corredores frios, papéis de parede beges e grupinhos festivos e fechados. A nossa dor acabou sendo toda a dor que fazia fila em mim para ser sentida. Mas agora já passa da meia noite. Não é mais nosso aniversário de fim e, pra te falar a verdade, eu já não sofro mais o nosso fim faz tempo. E pra te falar ainda mais a verdade, eu acho mesmo que você foi o príncipe que eu esperei a vida inteira. Você chegou e me levou embora. Levou embora a menina que tinha medo de sentir a vida e esperava uma salvação para tudo. Quem sobrou é essa desconhecida que se conhece muito bem em suas bizarrices, lê jornais todos os dias, substituiu o bege pela cor do verão, tem uns pais gente boa ainda que malucos, adora os poucos e estranhos amigos, não espera mais pelo cavalo branco mas fica ansiosa pelo início da novela e talvez esteja pronta para amar de verdade. Amar um homem e não um príncipe.

Tati Bernardi

02 janeiro 2013

Revirando o baú de recordações encontrei algo que julgava esquecido



Você...
Apenas um tudo...
Apenas meu amor...
Você...
Que me faz falar "eu te amo" repetidas vezes...
Que me faz voar enquanto me beija...
... junto com você.
Você...
Que infinitamente, continuará sendo: "minha pequena".
Embora o tempo passe,
Que tudo mude...
Mesmo que seus sentimentos mudem...
Continuarei aqui...
Dizendo eu amo você!
Por infinitas vezes, até que eu feche os olhos...
E não mais esteja presente.
Tudo isso, é apenas um pedaço de você! O restante, não consigo traduzir em palavras!



Poema feito por uma 'Aspirina' e dedicado a uma 'Pequena' em 2007.