20 setembro 2018

Me sinto pronta


Apesar de ter quase minhas 3 décadas de vida, ter uma profissão, pagar meus impostos e morar ‘sozinha’,  até pouco tempo atrás me sentia frágil como uma adolescente de 15 anos, eu tinha consciência da minha idade e maturidade, mas não me sentia como posso dizer, mulher. Apesar de ouvir isso de muitas pessoas.
Mas de um tempo pra cá, menos de um ano para ser mais exata, eu me sinto a mulher que todos enxergavam. E tenho adorado me sentir assim, e principalmente me perceber assim.
Acredito que nossa vida é cíclica, e que todo dia um se abre e outro se fecha e por aí vamos.
Tenho notado nos últimos dias uma inquietação interna minha, e que não consegui caracterizar muito bem ainda, e do nada ‘bati’ aqui no blog, que pra mim se tornou quase que um diário online, que é esquecido durante meses, mas que sempre vira confessionário em fases decisivas da minha vida, talvez ele sirva para quando essa canceriana estiver velhinha e deseje reviver as lembranças, ou talvez eu presentei para meus filhos, para que eles vejam quem era a Diandra antes da chegada deles, enfim, não sei ainda. Mas voltado pra minha inquietude, enquanto escrevo isso alguns pensamentos foram se alinhando, e acredito que ‘descobri’ uma das causas dessa inquietação, sempre sonhei muito, muito mesmo, até tatuei isso na pele, mas meus sonhos quase sempre ficaram no imaginário e no tempo distante, eu me sentia menina demais para realizá-los. Hoje sinto que cheguei em um nível tão como posso dizer: dona de mim, que agora apenas sonhar não satisfaz, não faz meus olhos brilharem.
Os sonhos também foram revistos, praticamente continuaram os mesmos, mas de um formato novo, eu não preciso de um castelo, um príncipe e um cavalo-branco. Na verdade nunca precisei.
Eu só preciso de um lar, que pode ser uma casinha de chão batido (a beach house é assim), mas que seja minha cara, que me abrace quando eu chegar depois de um dia exaustivo, que seja palco de risos e encontros.
E sobre o príncipe, bom, ele é um sapo [por favor, Amor, ao ler isso não me leve a mal]. Príncipes na verdade não passam de idealizações dos contos de fadas, quero dividir meus dias com um cara normal, parecido comigo, cheio de manias e defeitos, pois eu não sei e nem quero ser princesa toda hora e dia, tô mais para gata borralheira.
Acho que encontrei o X da questão, eu tô borbulhando por dentro, porque não quero mais apenas sonhar, eu me sinto pronta para viver meus sonhos. Tá na hora de dar meus primeiros passos.
E talvez muito em breve, eu venha aqui confessar o florescer deles...