13 julho 2012

Salve o amor...



Aquele de conchinha e barba na nuca, que pode durar pra sempre ou só até amanhã. Aquele amor sem medo, sem freio, que ama e pronto. 
Salve o amor que a gente dá e pega de volta outra hora, outro dia, com outra pessoa. Aquele aconchego facinho que não posa, não se esforça, não finge. 
Salve o amor-próprio, que resolve a vida de muitos, o amor das amigas, que aguenta, arrasta e levanta. Salve o amor na pista, que roça, se esfrega se joga e vai embora. Um amor só pra hoje, sem pacote pra presente, sem laço ou dedicatória. 
Salve o primeiro amor, que rasgou, perfurou, corroeu... ensinou. 
Salve o amor selvagem, o amor soltinho, o amor amarradinho. 
Salve o amor da madrugada, sincero enquanto dure e infinito posto que é chama. 
Salve o amor nu, despido de inverdades e traquitanas eletrônicas. 
Salve o amor de dois a dez, um amor sem vergonha, sem legenda. 
Salve o amor eterno, preenchido de muitos ardores. 
Salve o amor gigante, mas sem palavras, o rotativo e o escrito, salve o amor rimado, cego, de quatro. 
Salve o amor safado, sincero e sincopado, o amor turrão e o encaixado. 

Lia Block

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