Com passar do tempo o amor vai se transformando,
perde uma pouco do alvoroço do começo e vai dando espaço a calmaria da
plenitude. Às vezes por conta da correria da vida acabamos confundindo essa transformação,
quando a euforia da paixão e as borboletas do estômago dão lugar à tranquilidade
e a leveza do amor. Chega à rotina, as brigas e a falta das surpresas já não
existem segredos, já somos nós mesmos, não precisamos mais ter cuidado se o
outro não vai gostar de mim se eu for assim, ele já me ama. Mas por muitas
vezes ficamos presos ao inicio, esperamos que nada se modifique, mas como é lei
da vida as coisas vão tomando forma própria com passar do tempo. Não podemos
esperar que o AMOR fosse sempre igual, ele não será, mas provavelmente ele será
o mesmo ou até mais intenso, porém terá uma forma mais discreta de se mostrar.
Ele cria raízes e como as raízes fazem, crescem no chão, cada vez mais profundas
e não conseguimos ver.
Hoje, exatamente agora, me sinto
plena no amor. Acabei de me (re)apaixonar por meu namorado, sozinha no meu quarto
com meus pensamentos. Estava numa fase bem complicada, com medo dessa calma,
dessa tranquilidade, achando que estava tudo sossegado demais e que isso não
era coisa boa. Mas acabei de perceber que o mar está mais sereno sim, mas não é
algo ruim, é algo lindo e contemplativo. E nessa tranquilidade que o nosso barco
conseguirá chegar mais longe, com nossas remadas. E na calmaria do amor que
conseguiremos ser um, é quando a afobação acaba que percebemos que estamos tão
unidos a alguém, verdadeiramente, que sem ela os sonhos já não existem, por
eles são dos dois.
A tempestade do começo passou,
agora vem à fase de preparação do solo, uma fase longa que precisa de muito
cuidado e adubo, o solo precisa estar forte e preparado para receber as raízes de
uma Flor que amanhã nascerá.
Diandra Muniz
Em uma noite de felicidade leve e de coração transbordando amor e paz.
Quarta-feira, 00:28
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