"Uma flor, amanhã, eu sei,
nascerá nos quintais onde os sonhos se afirmam no jamais.
Uma flor, amanhã, eu sei,
brotará, da imensidão lembrança de tardes outonais.
[...] Nascerá lindo luar! E os sentidos
se confraternizarão, ao som do violão.
Felicidade é encontrar na saudade do
abraço o encontro da nossa paz."
(Canta-se)
Eu queria falar de amor... mas não do amor apenas vestido de palavras, queria falar do amor vestido.. de nuvens! Queria falar do amor comum, morno e normal, de sempre e de todos, do amor que nasce no gesto. Bem, eu queria falar do amor que não vem num cavalo branco, daquele amor que acontece, que é acontecência na vida, nos ciclos diários. Eu queria falar do amor que não existe na linguagem, mas no viver dos instantes... ou seja, o amor dos poetas calados. Esse amor humano, o amor substância do tempo no mundo, entende? Eu queria falar do amor sorriso, do amor lágrima, do amor saudade, do amor invisível... é, invisível! Que tolera o outro exatamente como ele é, desengonçado, esquecido, desajustado, esse amor que não está na gente e que só existe porque tentamos buscar de fora pra dentro, esse amor que deixa gente cheio e vazio ao mesmo tempo. Eu queria falar desse amor estúpido mesmo, de jogar pipoca no outro, de fazer piada sem pé, sem eixo. Esse amor que nos permite sentir o infinito e que tem ficado estreito num mundo tão aflito.
É como o cara que entrou no mar e caminhou tão pra frente, rumo ao
horizonte, que nunca mais voltou. E quando se perguntam "cadê aquele cara
que entrou no mar?" Todo mundo responde: "Foi o mais perto do
horizonte que ele conseguiu."
É desse amor que eu queria falar!
Letra e música: Mário Silveira (O Palhaço)
Essa música foi meu presente de aniversário de 2014. Hoje ela faz mais sentindo do que nunca, virou um mantra pra gente.
Obrigada meu amor, por ser a melodia mais linda da minha caixinha de música. Te amo.
Uma flor, amanhã, eu sei, brotará...
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